• Pegada de CO2
• Como é que a nossa alimentação afeta o ambiente?

A nossa consciência ecológica cresce a cada dia. Prestamos atenção à correta separação do lixo, evitamos cada vez mais os sacos plásticos em favor dos reutilizáveis, e nas drogarias temos uma seleção crescente de cosméticos naturais e ecológicos. Sabemos que as alterações climáticas adversas e a poluição ambiental são influenciadas pelos transportes e pelas chaminés fumegantes das fábricas. Vale a pena reconhecer que também temos influência na extensão da poluição ambiental. Cada pessoa no mundo deixa a sua própria pegada individual de CO2.

Pegada de CO2

A pegada de CO2 é a soma das emissões de dióxido de carbono resultantes das nossas atividades, especialmente do nosso estilo de vida, das nossas compras e dos nossos serviços. Estatisticamente, cada polo produz cerca de 8 toneladas de dióxido de carbono por ano. Para comparação: os habitantes dos EUA ou do Canadá produzem, por exemplo, muito mais poluentes, cerca de 18 toneladas por pessoa e por ano.

Verifica-se que a indústria alimentar e a produção de alimentos têm hoje um enorme impacto no ambiente e nas alterações climáticas. Portanto, não são apenas os gases de escape que são responsáveis pela destruição da natureza. Também o que comemos diariamente é importante. A criação de animais é claramente mais prejudicial para o ambiente do que a produção vegetal e necessita de mais água e energia. Contribui para o desmatamento, poluição do ar, erosão do solo, extinção de espécies animais e destruição dos seus habitats naturais. Por isso, cada vez mais pessoas, especialmente os jovens, deixam de consumir carne e adotam uma alimentação vegetariana ou vegana.

Como é que a nossa alimentação afeta o ambiente?

Verifica-se que a produção de apenas 1 kg de carne necessita de cerca de 20.000 litros de água. Os animais de criação representam mais de 90% da biomassa dos mamíferos (os humanos e o gado representam 96% da biomassa), e os animais selvagens apenas 4%. Das 28.000 espécies animais ameaçadas, a agricultura ameaça até 24.000. Esta divisão da biomassa afeta:

• Poluição da água (uma parte significativa dos excrementos animais das explorações agrícolas acaba nos rios e depois nos mares e oceanos),
• Emissões de gases com efeito de estufa (estas são influenciadas pelo consumo de eletricidade nas explorações agrícolas, pelo transporte da carne para lojas, armazéns e lares, bem como pelo transporte de ração animal e pelas máquinas necessárias para cultivar essa ração, além da emissão de metano durante a produção de fertilizantes para a ração),
• Aumento do lixo (os produtos de carne e lacticínios são embalados em bandejas de plástico, películas, copos),
• Mudança no desenvolvimento espacial (as florestas são desmatadas para dar lugar à criação de animais e ao cultivo de ração).

Ao limitarmos o consumo de carne, podemos assim reduzir a procura por carne e contribuir para diminuir a sua produção. Como mais podemos, através da nossa alimentação, ajudar a reduzir a poluição ambiental e a nossa pegada de CO2?

• Não coloquemos frutas e legumes em sacos plásticos e compremos preferencialmente em grandes quantidades, não escolhamos salada, pimentos ou tomates embalados em plástico,
• Compremos produtos locais e sazonais nos mercados locais – a importação e transporte de produtos do outro lado do mundo para os supermercados causa uma enorme quantidade de gases e poluição ambiental,
• Não desperdicemos ou deitemos fora alimentos – vale a pena aprender a comprar apenas o que realmente conseguimos consumir,
• Compremos mais produtos biológicos de agricultura ecológica – a agricultura ecológica não é apenas mais segura para o ambiente, mas também para nós próprios,
• Se não conseguirmos deixar de consumir carne, compremos carne e enchidos a peso, não embalados em bandejas ou películas plásticas – assim evitamos quantidades excessivas de lixo plástico.